ATPS ADM
Observa-se, com base nos recentes indicadores socioeconômicos globais, que todos os países, em maior ou menor escala, estão sendo afetados pelos efeitos da retomada da recente crise na economia mundial. A recaída da economia mundial decorrente das medidas inadequadas que foram adotadas pelas lideranças políticas econômicas para conter a crise econômica global que eclodiu nos Estados Unidos (EUA) no final de 2008 está colocando a sociedade mundial novamente em alerta.
Os países desenvolvidos possuem espaço menos de manobra diante da crise de dívida que atingiu a Europa. É preciso alertar, entretanto, que além das economias dos Estados Unidos e dos países membros da zona do euro (países que adotam a moeda única na União Européia), os efeitos da crise também chegaram com intensidades diferentes, nas quatro maiores economias emergentes, os denominados BRICs, que inclui Brasil, Rússia, Índia e China, sinalizando uma redução do crescimento econômico e o aumento da inflação.
É importante recordar que a crise aprofundou-se a partir dos desdobramentos do recente impasse político vivido entre o governo Barack Obama (democrata) e o partido republicano, para autorizar a elevação do nível de endividamento dos EUA, para evitar que aquele país deixasse de honrar os compromissos com os seus credores. O frágil acordo que resultou desse desgastante enfretamento político culminou como rebaixamento pela agência de classificação de risco Standart & Poor’s da nota de crédito dos EUA. A crise ampliou-se em seguida para os países de continente europeu e para o resto do mundo, provocando fortes quedas nas principais bolsas de valores mundiais.
A partir desse quadro, torna-se possível formular a seguinte pergunta: É necessário promover mudanças na política econômica brasileira para enfrentar os impactos decorrentes do agravamento da crise mundial?
Buscamos, dessa forma, avaliar se a política econômica em