Atos de fala
Primeiramente, ele distinguiu dois tipos de enunciados, sendo eles os constativos (descrevem ou relatam um estado de coisas, submetendo-se ao critério de verificabilidade) e performativos (são enunciados que não descrevem, não relatam, nem constatam nada, mas quando proferidos na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, na forma afirmativa e na voz ativa, realizam uma ação). Os verbos usados tipicamente para realizar atos de fala são chamados de verbos performativos. Ao usarmos tais verbos em uma frase, estamos formulando um enunciado performativo; e para que de fato a ação correspondente ao verbo performativo seja realizada é preciso que as condições de enunciação sejam adequadas, caso contrário o performativo se torna nulo.
Segundo Austin, existem três níveis de atos de fala:
• Atos Locucionários: esse ato de fala toma apenas o sentido restrito da sentença, sem levar em conta as intenções do falante ao ser proferida.
• Ato Ilocucionário: ações que o falante pode realizar por meio de enunciação, ou seja, correspondem a realização de ações. Para isso, existem as circunstâncias de enunciação em que as expressões devem, na maioria, explicitar-se pelo contexto de situação em que se inserem. Para ser efetivo, deve atender às condições de felicidade. Existe o valor ilocucionário, que “modaliza” a significação e também a força ilocucionária, que concerne à estrutura interna de uma ação, podendo descrever uma intenção. O valor ilocutório é vinculado a diversos tipos de sentenças ou verbos, como: veredictivos, exercitivos, promissivos, comportativos, expositivos.
• Ato Perlocucionário: implica um estudo mais profundo sobre as formas de interpretação dos atos de fala