Atomistica
JESUS APARECIDO SANTANA PEREIRA
Atomistica
São Paulo/SP
1997
Na antiguidade acreditava-se que dividindo a matéria em pedaços cada vez menores, chegar-se-ía a um ponto onde as partículas, cada vez menores, seriam invisíveis ao olho humano e, segundo alguns pensadores, indivisíveis. Graças a essa propriedade, receberam o nome de átomos, termo que significa o que não pode ser dividido, em grego. Foi quando surgiu entre os filósofos gregos o termo atomismo.
No século V a.C. (450 a.C.) Leucipo de Mileto juntamente com o seu discípulo Demócrito de Abdera, (400 a.C.), considerado o pai do atomismo grego, discorreram sobre a natureza da matéria de forma elegante e precisa.
Leucipo de Mileto
Nasceu no século V a. C., segundo Apolodoro, entre 460 e 457 a. C., provavelmente em Mileto. De Leucipo pouco se sabe, tendo-se mesmo chegado a duvidar da sua existência, o certo é que aparece como um dos fundadores, a par de Demócrito (de quem foi mestre), do atomismo filosófico. Foi provavelmente discípulo de Zenão de Eleia. Foi, segundo Teofrasto, o autor de Grande Sistema do Mundo e Sobre o Espírito.
Os átomos são, na doutrina atomista, as partículas últimas constituintes do universo, formado por aglomerados dessas partículas, que circulam no vazio. O átomo foi identificado por Leucipo com o ser e o vazio com o não ser. Tudo é composto por átomos, que se agregam e desagregam e assim dão origem, ora à vida, ora à morte do organismo que formam. O átomo é, segundo a etimologia, uma partícula indivisível; é também eterna, quer dizer, não criada, não sujeita ao nascimento e à morte, ao contrário dos corpos que constitui, que dependem da sua agregação ou desagregação.
Demócrito de