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Nos últimos dias, o mundo tem acompanhado a intensificação do conflito entre israelenses e palestinos, na Faixa de Gaza. Até o momento, mais de 260 pessoas morreram e 2 mil ficaram feridas na sequência dos ataques iniciados em julho. A nova espiral de violência foi desencadeada após o sequestro e homicídio, em junho, de três jovens judeus na Cisjordânia (um ataque que Israel atribuiu ao Hamas, grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza) seguido da morte de um jovem palestino queimado em Jerusalém por extremistas judeus. A partir daí, tiveram início os lançamentos de foguetes do Hamas e os bombardeios de Israel.
O conflito entre israelenses e palestinos remonta ao início do século passado. Entre a segunda metade do século 19 e a primeira metade do século 20, uma migração em massa de judeus de vários países para a Palestina provocou uma mudança na demografia local. Majoritariamente árabe, a região - que até 1917 pertencia ao Império Otomano e depois, até 1948, foi um protetorado britânico - passou a ter uma população judaica cada vez maior.
Nos primeiros anos de mandato britânico na Palestina, houve confrontos entre árabes e judeus. Começou-se então a discutir o que fazer diante daquela situação. Em 1947, pouco antes da retirada dos britânicos, a Organização das Nações Unidas (ONU) pôs em prática um plano de divisão do território em duas partes: uma para os judeus e outra para os árabes. A insatisfação em torno do mapa definido pela ONU gerou uma guerra civil entre os dois povos.
Com a saída dos britânicos, em 1948, países árabes vizinhos tentaram invadir o recém-criado Estado de Israel. Mas, ao término do conflito, os israelenses mantiveram seu território e os palestinos perderam a chance de criar seu próprio Estado, já que Israel ocupou parte do território destinado aos palestinos pela ONU, o Egito passou a controlar a Faixa de Gaza e a Jordânia ficou com a Cisjordânia.
Para a pesquisadora do Núcleo de Estudos do Oriente Médio da