Atletismo para Deficientes Visuais
A iniciação esportiva no atletismo adaptado tem como objetivo levar a criança ao aprendizado de técnicas motoras básicas pertinentes à modalidade esportiva, sendo que as atividades são as mesmas desenvolvidas nas aulas regulares, tornando-se necessária a atenção às adaptações condizentes à necessidade da criança e suas características.
A iniciação prática do esporte, além de ampliar o referencial psicomotor do aluno, visa também a prepará-lo para a prática da competição no contexto escolar. “Considerando a prática esportiva como um elemento talvez insubstituível para o desenvolvimento e aquisição de experiências e habilidades motoras de crianças, desde que não seja considerada como um fim em si mesma, e sim um meio de contribuição na formação integral da pessoa humana”. (CORSEUIL e PRERES, 2000, p.176).
I) Atletismo - Prova de Corrida - Deficiente Visual
O atletismo para deficientes visuais é constituído por todas as provas que compõem as regras oficiais da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), a saber, corrida rasa, saltos e arremessos e lançamentos.
As provas são divididas por grau de deficiência visual (B1, B2 e B3) e as regras são adaptadas para os atletas B1 e B2.
É permitido o uso de sinais sonoros e de um guia, que corre junto com o competidor para orientá-lo. Eles são unidos por uma corda presa às mãos, e o atleta deve estar sempre à frente. As modalidades para os competidores B3 seguem as mesmas regras do atletismo regular.
Classificação funcional
B1 - Desde a ausência total de percepção de luz em ambos os olhos até percepção luminosa sem a capacidade de reconhecimento da forma de uma mão, a qualquer distância. (B1 – Cego Com ou sem percepção luminosa)
B2 - Desde a capacidade de reconhecer a forma de uma mão até a acuidade de 2/60 e/ou um campo visual inferior a cinco graus. (B2 – Baixa Visão AV 2/60 ou CV 5º)
B3 - Desde uma acuidade visual superior 2/60 até uma acuidade visual 6/60