Atletismo na escola:é possivel?
Elias de Oliveira Justino e Welesson Rodrigues
De acordo com Kirsch et al (1984), a Educação Física escolar deve oferecer meios para alcançar as formas esportivas mais variadas de acordo com as possibilidades de nossos alunos. A escola, de acordo com Pinto (1992), deve optar por um "pré-atletismo", em que, numa primeira fase, faz-se através dos gestos motores básicos; e numa segunda fase, mantêm-se os da primeira, avançando-se para as tarefas que exigem uma maior codificação dos gestos motores básicos, aproximando progressivamente a criança do Atletismo. De acordo com Bragada (2000), a disciplina de Atletismo, no contexto escolar, pode ser fundamental, devido a suas capacidades e habilidades servirem de base para outras modalidades desportivas. O lançar uma bola leve confunde-se com um passe ou um arremesso do Handebol; o correr é fundamental em quase todas as modalidades que necessitam de locomoção. A ligação da corrida-impulsão para o salto em altura solicita ações semelhantes à preparação do ataque no voleibol. Outra justificativa que foi bem apontada foi a falta de material prático próprio (26,4% - N=5); mas esse problema pode ser resolvido com a improvisação de materiais como bolas confeccionadas com meias e serragem; bastões de cabo de vassoura para corridas de revezamento, pneus pendurados como alvo para lançamento, entre outros de acordo com a criatividade do professor, afirma Kirsch et al (1984). É essencial que o professor busque sempre sua fundamentação, pois de acordo com André (2004) o professor que tem um embasamento teórico, ou que busca reunir informações sobre um determinado assunto e analisá-las, têm como principal objetivo aumentar o conhecimento sobre aquele assunto ou até mesmo descobrir algo novo que vai lhe auxiliar na solução de problemas e ampliar sua visão acerca do esporte que pretende trabalhar em suas aulas. Esses professores, sendo em sua maioria espectadores, conhecedores do desporto não