Atividades que não adicionam valor na contabilidade gerencial
Surgiu o conceito de atividades que adicionam ou não valor ao produto ou ao cliente, decorrente da filosofia de administração de produção JIT (Just-in-Time) e do conceito de eficiência dos ciclos de produção e entrega, dentro da abordagem da Gestão Estratégica de Custos.
Conforme Nakagawa (1991, p. 43), “uma atividade que não adiciona valor ao produto é aquela que pode ser eliminada, sem que os atributos do produto
(desempenho, função, qualidade, valor reconhecido) sejam afetados”.
Ainda conforme Nakagawa, “nas atividades relacionadas com a produção, o conceito de valor não adicionado pode ser visualizado mais facilmente. Produtos parados na empresa, desde a armazenagem de matéria-prima, passando pelos materiais em circulação na área de produção até a estocagem de produtos acabados, constituem custos de atividades que poderiam ser eliminadas pela manutenção de um fluxo contínuo do produto através do processo de produção”.
Como as atividades consomem tempo, e os tempos de espera, inspeção e movimentação não adicionam ou agregam valor ao produto e, portanto, ao cliente, estas devem ser eliminadas. Assim, a única atividade que agrega valor ao produto é a atividade de produção. Nessa visão, há o conceito de throughput time, ou tempo de fabricação, que, em seguida, evolui para o tempo do ciclo de entrega.
Um dos grandes objetivos, então, da manufatura, é a busca desses tempos improdutivos, que são denominados tempos que não adicionam valor aos produtos, para que sejam eliminados.
Como uma medida de desempenho de manufatura, adotando os conceitos de tempo que adicionam ou não valor, temos a eficiência do ciclo de produção, que é assim expressa:
Eficiência do Ciclo de Fabricação = Tempo de Processamento (Tempo de Processamento + Tempo de Espera +Tempo de Movimentação + Tempo de Inspeção)
“O conceito de atividade que adiciona valor é um ponto chave na gestão de