Atividades Físicas no Brasil Império
Apesar de não ter ocorrido de maneira contundente, O início do desenvolvimento cultural da Educação Física no Brasil ocorreu no período do Brasil império. Pois foi nessa época que surgiram os primeiros tratados sobre a Educação Física.
Em 1823, Joaquim Antônio Serpa, elaborou o “Tratado de Educação Física e Moral dos Meninos”. Esse tratado pressupunha que a educação englobava a saúde do corpo e a cultura do espírito, e considerava que os exercícios físicos deveriam ser divididos em duas categorias:
1) os que exercitavam o corpo;
2) os que exercitavam a memória.
Além disso, esse tratado entendia a educação moral como coadjuvante da Educação Física e vice-versa.
Em 1851, a Lei n.º 630 incluiu a ginástica nos currículos escolares. Rui Barbosa preconizava a obrigatoriedade da Educação Física nas escolas primárias e secundárias com prática de quatro vezes por semana, durante 30 minutos cada.
Os pareceres de Rui Barbosa chamaram a atenção para os valores das atividades físicas e desportivas. Seu projeto buscava instituir uma sessão essencial de Ginástica em todas as escolas de ensino normal; estender a obrigatoriedade da Ginástica para ambos os gêneros (masculino e feminino), uma vez que as meninas não tinham obrigatoriedade em fazê-la; inserir a Ginástica nos programas escolares como matéria de estudo e em horas distintas ao recreio e depois da aula; além de buscar a equiparação em categoria e autoridade dos professores de Ginástica em relação aos professores de outras disciplinas. No entanto, a execução da Ginástica nas escolas, inicialmente ocorreu apenas em parte do Rio de Janeiro, capital da República, e nas escolas militares.
No Brasil Imperial (1822-1889), o esporte ganhou espaço nas leis e decretos sobre Educação Física e Desportos, principalmente sobre a natação, a equitação e a esgrima. Nesse período, surgiu uma atividade física ligada à identidade cultural brasileira, a capoeira, que foi uma criação