1. A fábrica de móveis para escritório SmartOffice iniciou suas atividades atendendo a clientes locais, próximos de suas instalações, com soluções adaptadas às necessidades de cada um. Soluções inteligentes, em conjunto com uma qualidade impecável e prazos de entrega curtos e pontuais, fizeram com que a SmartOffice expandisse seu mercado rapidamente, aumentando muito as suas carteiras de pedidos. Esta expansão exigiu, logicamente, a ampliação de suas instalações principalmente da fábrica que, até então, utilizava-se de mão de obra intensiva, cuja principal característica era o baixo grau de escolaridade e salários próximos ao piso mínimo de suas categorias. Funcionários foram contratados, maquinário moderno foi adquirido e os processos foram revistos para aumentar a produção. O proprietário e diretor da SmartOffice, Toni Manero, que sempre esteve no chão de fábrica, lado a lado com todos os funcionários para todas as ocasiões, foi obrigado a se afastar, devido às frequentes viagens para atender novos clientes. Com a ampliação, observou-se que a qualidade do produto final caiu de maneira geral, as entregas começaram a atrasar e os custos de produção aumentaram desproporcionalmente, devido ao desperdício de matérias-primas e aos erros sucessivos nos processos de fabricação. Toni Manero, após um ciclo de negócios realizado no Japão onde aprendera sobre uma série de práticas gerenciais e ferramentas utilizadas pela Administração Japonesa, retornou decidido a aplicá-las na sua fábrica, com a certeza de que resolveria todos os seus problemas.Um ano após o seu retorno, os resultados obtidos foram ínfimos e as equipes ainda sentem muitas dificuldades para colocar em prática atividades relativamente simples como a organização e a limpeza da fábrica, a separação de materiais recicláveis e os processos de melhoria contínua. A produtividade aumentou um pouco, mas os problemas persistem. Toni Manero não entende o que está acontecendo e já está pensando em abandonar as novas