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EM 03/10/2001
BEBÊ TAMBÉM CURTE MÚSICA
Esther Beyer* ebeyer@sogipa.esp.br Você sabia que seu bebê, já durante a gravidez, está ouvindo sons? A maioria das pessoas responde que sim... “Ah, é, eu já ouvi falar que ele ouve o coração da mãe batendo”.
Mas muito mais do que isto é percebido auditivamente durante o período pré-natal: ouve-se as batidas do coração, a voz materna e paterna, além de sons externos ao organismo da mãe. O aparelho auditivo do bebê já está formado com quatro meses e meio da gestação e a partir deste momento tem condições de receber sons, embora não consiga ainda processar e analisar do mesmo modo que um adulto o faria. Alguns destes sons ouvidos podem ser gravados em um tipo de memória pré-verbal bastante primitiva.
Por isso, é importante que a mãe cante e fale com o bebê durante a gravidez. Estes sons serão lembrados pelo bebê como algo importante, um ponto de referência para ele mesmo que você considere seu canto “desafinado”. Afinal de contas, é exatamente com esta voz que, segundo o bebê, “mamãe e papai me amam...”. Neste momento, o bebê percebe o afeto em sua voz, muito mais do que o padrão “afinado” ou “desafinado”.
Segundo pesquisadores sobre a audição intrauterina, há uma faixa de sons que o bebê consegue ouvir melhor durante a gestação: aproximadamente dos 400 aos 4000 Hz. Ou seja, seria como se tocássemos as teclas de um piano, mais ou menos na região da metade direita do piano (região aguda). Em virtude do líquido amniótico que envolve o bebê, estabelece-se um filtro que abafa a audição de certos sons, distorce a percepção de outros e ressalta uma faixa de sons, considerada aguda. Um dado muito interessante a respeito é que esta faixa em geral coincide com a voz feminina, principalmente durante a gestação e o período pós-parto.
É por isso que as caixinhas de música despertam tanto interesse em um bebê, assim como sons agudos produzidos por sinos,