Atividade física e o combate ao uso de drogas
É claro que exercícios são bons para sua cintura, coração e ossos - mas será que eles também são bons para evitar o vício em álcool e drogas?
Há algumas pistas interessantes, mas improváveis, de que atividades físicas possam estimular mudanças no cérebro que levam a isso. Agora, o governo dos Estados Unidos está impulsionando as pesquisas para provar a questão.
E não se trata de levar pessoas comuns à excelência em qualquer esporte.
Ao contrário, a pergunta que os cientistas se fazem é quanto atividades físicas regulares e de intensidade variada - como correr, dançar, pedalar, nadar - podem afetar o humor, a performance acadêmica e até mesmo recompensar os sistemas no cérebro que podem ser "sequestrados" pelo abuso de drogas.
O que primeiro atraiu a atenção da chefe do Instituto Nacional de Abuso de Drogas, Nora Volkow, foi um estudo que descobriu que jovens e adolescentes que faziam exercícios diários eram 50% menos propícios a fumar, além de terem 40% menos chances de experimentarem maconha.
Nora sabe - de seus 10 quilômetros diários de corrida e de seus experimentos científicos - que o cérebro literalmente gosta de atividades físicas. Exercícios parecem revigorar neurotransmissores que dão a sensação de prazer."Em crianças, é inato", diz ela. "Crianças querem se mover."
No entanto, as crianças norte-americanas se tornam cada vez mais sedentárias, como se pode notar através da epidemia de obesidade, com o "tempo de tela" substituindo brincadeiras do lado de fora de casa. Crianças e jovens sedentários se tornam adultos sedentários.
"Por que nós perdemos a habilidade de sentirmos prazer com exercícios físicos?", se pergunta Nora.
Tratamentos para drogas normalmente incluem exercícios, parcialmente para manter as pessoas distraídas, mas houve poucas pesquisas para entender os efeitos disso.
A melhor evidência foi encontrada pela Universidade Brown, que levou fumantes à academia três vezes por semana e