Atividade física e lesão muscular
Renata Rodrigues dos Santos
Atividade Física e a Lesão Muscular
Até algumas décadas atrás, as pessoas que adquiriam uma lesão medular estavam destinadas ao abandono e a uma vida praticamente vegetativa. A expectativa de vida dos indivíduos era baixa, e muitos morriam em decorrência de infecções ou por problemas advindos do sedentarismo.
Após a Segunda Guerra Mundial, com o advento dos antibióticos e dos tratamentos de reabilitação, o quadro de óbitos precoces de indivíduos com lesão medular mudou. Por meio de uma reabilitação bem planejada e assistida, as sequelas da lesão tendem a ser minimizadas, proporcionando ao indivíduo uma possibilidade de vida mais próxima da normal. Lesões medulares podem ser definidas como condições adquiridas, resultantes de uma lesão da vértebra e/ou dos nervos da coluna vertebral. Essas condições quase sempre estão associadas a algum grau de paralisia por causa dos danos à medula espinhal. Em alguns casos traumáticos, podem ocorrer apenas lesões ósseas na coluna, nas quais acontece uma fratura no corpo vertebral. Se o material da medula não for atingido, esse tipo de lesão não acarretará maiores sequelas para o indivíduo. Caso a medula seja afetada, a lesão é denominada neurológica e, neste caso, as funções dos sistemas motor, sensorial e autônomo são atingidas. O grau de paralisia será dessa forma determinado em função do local da lesão na coluna e do número de fibras que são destruídas. A coluna vertebral é uma estrutura de sustentação composta por corpos ósseos divididos em 5 regiões, que são: cervical, composta por 7 vértebras; torácica, por 12 vértebras; lombar, por 5 vértebras; sacral, por 5 vértebras; e coccígena, formada pela fusão de 4 a 5 vértebras. Protegida pela estrutura da coluna, encontra-se a medula espinhal, ao longo de seu eixo crânio-caudal. Dessa forma, a medula espinhal, parte integrante do sistema nervoso central, é uma coluna canelada de cerca de 45 cm de comprimento e 1 cm