Atividade Filosófica
A Filosofia é um atividade:
De Interrogação;
De Crítica;
De Argumentação.
Interrogação
O ser humano não pode deixar de se questionar face aos mistérios da vida e aos problemas que decorrem naturalmente da sua existência.
O espanto, a perplexidade, a estranheza e a admiração, estão na base desta atividade. A filosofia surge na necessidade do homem de compreender e conferir significado a estas coisas que o espantam. Na filosofia, o espanto surge a qualquer fenómeno, seja ele extraordinário ou não.
Sendo seres críticos e curiosos, fazemos perguntas a tudo aquilo que nos inquieta. Temos também consciência que aquilo que nos é comum e habitual, pode não passar de uma ilusão, o que se torna problemático no contexto desta atividade filosófica.
Crítica
É uma atividade antidogmática, atividade crítica face a:
Noções que se amontoaram ao longo dos anos;
Preconceitos, crenças e valores que nos foram transmitidos ao longo do processo de socialização;
Verdades definitivas e inabaláveis (dogmas).
Apenas quem tem consciência de que não sabe, pode sentir o desejo de saber. Neste sentido, a dúvida é a base da atividade crítica. Assim, duvidando e examinando aquilo que nos parece óbvio, é possível termos opiniões e argumentos credíveis que nos levam a aceitar ou recusar certas afirmações.
Argumentação
A crítica filosófica recorre ao uso de argumentos. Argumentos são razões justificativas, bases consistentes para sustentar as nossas afirmações ou opiniões. Os filósofos esforçam-se por fundamentar solidamente as suas opiniões.
A aceitabilidade de qualquer tese depende da força dos argumentos que lhe servem de suporte.
A atividade argumentativa não é exclusiva dos filósofos, sendo útil a qualquer pessoa.