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1. OS LIXÕES
A disposição final do lixo feita em vazadouro a céu aberto (lixão), com lançamento simples e espalhamento aleatório sem recobrimento provoca a degradação das áreas adjacentes na medida que estas vão sendo tomadas pelo lixo de forma rápida e contínua. Os resíduos são dispostos onde existem espaços físicos, não acontecendo qualquer procedimento que vise proporcionar proteção ambiental, não havendo condições mínimas ideais para que a massa orgânica se decomponha de maneira correta.
Como os resíduos depositados no lixão não recebem nenhum tratamento contínuo, esses geram um ambiente favorável à proliferação de artrópodes, roedores e insetos, dentre uma série de organismos todos transmissores de doenças ao ser humano.
O lixo, disposto de forma inadequada, sem qualquer tratamento, polui o solo, alterando suas características físicas, químicas e bacteriológicas, constituindo-se em um problema de ordem estética e, mais ainda, em uma séria ameaça à saúde pública.
Proporciona grandes possibilidades de surgimento de focos de fogo e formação de gases nocivos. Os Catadores e as Guarnições que chegam ao local para o vazamento dos resíduos, são expostos aos riscos inerentes à esta situação.
Os recursos hídricos locais, de superfície ou aqüíferos subterrâneos poderão sofrer possíveis contaminações com os resíduos líquidos (chorume) que percolam do lixão.
A presença de Catadores de lixo comprova algum potencial de reciclagem dos resíduos sólidos produzidos na cidade, além de demonstrar o grau de empobrecimento da população, que, vivendo da catação de materiais, adotou o lixão como opção de emprego. Os Catadores que atuam no “lixão” residem no mesmo ou próximo dele, e as condições em que trabalham são as mais precárias possíveis. Assim, o projeto definitivo deverá contemplar ações que possibilitem melhorar as condições de salubridade do trabalho, podendo, inclusive, aproveitá-los para implantação de cooperativas de