Atentados
Os atentados de 11 de Março de 2004, foram uma série de ataques terroristas cometidos em quatro comboios da rede ferroviária de Madrid , capital de Espanha. A investigação policial e o auto do processo judicial fixaram como indício racional que a autoria dos atentados é de uma célula islamita local que tentava reproduzir as ações da rede terrorista Al Qaeda.
Trata-se do mais grave atentado cometido na Espanha até à atualidade, com 10 explosões quase simultâneas em quatro comboios na hora de pico da manhã (8:00). Mais tarde foram detonadas pela polícia duas bombas adicionais que não tinham explodido e foi desativada uma terceira, que permitiu identificar os responsáveis. As bombas estavam no interior de mochilas carregadas com TNT (trinitrotolueno).
Morreram 191 pessoas e mais de 1.700 ficaram feridas. O comando terrorista foi encontrado e cercado pela polícia espanhola poucas semanas depois em Leganés. Os seus membros cometeram suicídio fazendo explodir o apartamento em que se tinham entrincheirado, quando os GEO iniciaram o assalto. Nesta ação morreram todos os membros presentes da célula islamita e um agente do grupo policial.
A dificuldade inicial de atribuir a autoria dos atentados provocou um aceso debate em Espanha e terá contribuído para a mudança de governo. De notar que houve eleições legislativas apenas quatro dias depois da tragédia.
O governo espanhol inicialmente atribuiu o atentado à ETA, argumentando que foi utilizado um explosivo normalmente usado pela ETA e a “Guardia Civil” já tinha evitado um atentado de grandes proporções em 29 de fevereiro, quando apreendeu 500 kg de explosivos e prendeu dois prováveis membros da ETA.
No entanto a esquerda “abertzale”, através de Arnaldo Otegi (dirigente do partido político Batasuna, ilegalizado por pela sua associação à ETA) recusou qualquer responsabilidade da ETA neste atentado e condenou-o.
Num segundo momento, o governo