atencao nutricional infantil
Historicamente, a desnutrição em crianças menores de cinco anos tem se constituído em um grande desafio dos países em desenvolvimento devido à magnitude e às consequências desastrosas para o crescimento, desenvolvimento e sobrevivência infantil (MONTE, 2000). Esta condição aumenta o risco de uma série de doenças, dentre as quais se destacam o acometimento por doenças respiratórias e diarreicas. Pode afetar o crescimento e desenvolvimento cognitivo, destacando-se a ocorrência de baixa estatura, menor aproveitamento escolar e redução da capacidade de produtividade na vida adulta, podendo ser responsável por danos irreversíveis.
No tocante à saúde de crianças brasileiras menores de cinco anos, observa-se que, entre 1989 e 2006 (Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição - PNSN e Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde - PNDS, respectivamente), a desnutrição (déficit de peso para idade) reduziu significativamente, passando de 7,1% para 1,7%. Entretanto, a tendência de redução não ocorreu de maneira uniforme em todos os grupos populacionais, visto que, em crianças menores de cinco anos beneficiárias do Programa Bolsa Família, a desnutrição é igual a 16,4%; em indígenas, chega a 26,0% (I Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição de Populações Indígenas 2008-09); em quilombolas, 14,8%(Chamada Nutricional Quilombola, 2006).
A desnutrição consiste em uma doença com forte determinação social, multifatorial, que tem grande correlação com a pobreza. Do ponto de vista clínico, pode ser definida como um estado de emagrecimento ou crescimento ponderal insuficiente. De modo geral, a desnutrição começa a se desenvolver quando a dieta do indivíduo não é capaz de atender às necessidades energéticas e/ou proteicas, e sua gravidade vai variar de acordo com o grau de deficiência, a idade ou a presença de outras doenças nutricionais ou infecciosas (SHILS, 2009).
Dentre esses fatores considerados fundamentais, devem ser ressaltadas as características do nascimento