Ataque por cloretos

Corrosão da armadura de concreto induzida pelo ataque de íons cloreto – generalidades, prevenção e reparo 1. Introdução O concreto é o material mais empregado na construção civil. Devido à sua versatilidade, torna-se possível a execução de qualquer espécie imaginável de formas e obras destinadas às necessidades humanas, tais como: habitação, saúde, lazer e trabalho. No entanto, sabe-se que nenhum material é eternamente durável devido à sua interação com os agentes do meio em que se encontra. Logo, é importante o conhecimento das patologias do concreto. A corrosão da armadura é uma das mais generalizadas patologias do concreto. Pode ocorrer por oxidação direta ou por processo eletroquímico. Neste último, há a presença de um ânodo e um cátodo, e da água que serve de eletrólito, resultando na diminuição da seção de armadura e fissuração do concreto, ocasionado pela ação dos íons cloreto (Cl-), que diminuem a seção de armadura e fissuram o concreto. Os cloretos podem ser encontrados nos concretos sob duas formas: como cloreto livre, solúvel ou dissociável, na forma de íons na água de poros, ou como cloreto combinado, formando parte das fases hidratadas do cimento. O primeiro trata-se do cloreto realmente agressivo à armadura, e o segundo, geralmente se encontra combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (PEREIRA, CINCOTTO, 2001). Comumente encontrados em aceleradores de pega que contenham CaCl2, em sais de degelo, maresia e até mesmo na água de amassamento, os íons Cl- sob sua forma livre, penetrarão o concreto e chegarão à armadura a partir de uma série de fatores relacionados, como estado de carbonatação do concreto, quantidade de cimento por metro cúbico, tipo de cátion associado ao cloreto e tipo de acesso ao concreto (antes ou depois do endurecimento). Além destes meios de penetração, há também os fatores que determinam a velocidade e a profundidade dos íons cloreto como: composição, tipo e qualidade de cimento,