Astronomia chinesa
ASTRONOMIA CHINESA: uma introdução
Por: Mario de Souza
O desvendar da literatura a cerca da astronomia chinesa, bem como da ciência chinesa, embora tardia para o mundo ocidental, pois tem ênfase nos anos 60, segundo Ronan (1987, Vol.
2), devido à barreira de sua estrutura de linguagem. Embora exista um fato interessante e vantajoso na busca de registros da ciência chinesa que diz respeito a sua escrita denominada de ideograma, pois esta forma de escrever indica que sua representação está centrada numa idealização do que se deseja expressar e não numa escrita que produza um som. Desse modo, diz,
Ronan (op. cit. p. 9): “pode-se ler um texto primitivo com a mesma facilidade com que se lê um texto moderno”. Este contexto está exposto no sentido de casar os estudos da Astronomia como sendo o início da busca duma crença justificada, ou do conhecimento, aqui estendido para compreensão mais antiga da concepção de Ciência. Daí a máxima: Astronomia é a ciência mais antiga na História da Construção do Conhecimento.
Nesse contexto, é provável que o homem primitivo tenha tido a identificação com a
Natureza e dela tenha procurado entender, quer por respeito às catástrofes, por admiração da beleza natural, por medo e/ou por necessidade de sobrevivência. Nessa direção, observação de fenômenos (aquilo que se apresenta) naturais que ocorriam ao seu redor ganha relevância na estrutura social da época e, processos de compreendê-los conduzem a criar meios entre homem e natureza: religião. Esta cultura está posta na astronomia chinesa e também na astronomia egípcia.
Aqui o sentido de religião está na configuração da observação de astros e seus movimentos, como sendo símbolos divinos. Ou daquilo que vem dos céus. Estes astros com seus movimentos davam influência sobre a vida na Terra e, dessa forma, seitas religiosas são criadas para dar significação aos movimentos de astros. Como é o caso da Astrologia. Mas, apesar desses fatos o interesse maior na Astronomia