associaçao fixa de drogas
Associações fixas de drogas anti-hipertensivas: vantagens e desvantagens na prática clínica
Fernando Nobre, Tufik José Magalhães Geleilete, Maria Camila Miranda Cardoso,
Eduardo Barbosa Coelho
Resumo
O tratamento anti-hipertensivo, para alcançar os objetivos maiores representados por redução de morbidade e mortalidade, busca a redução da pressão arterial.
Para alcançar-se a normalização da pressão arterial via de regra, são necessárias associações de medicamentos de diferentes classes terapêuticas.
A utilização de medicamentos anti-hipertensivos em baixas doses concorre para uma menor ocorrência de efeitos adversos, já que os efeitos colaterais são, via de regra, dependentes das doses utilizadas.
Assim, a utilização de associações fixas de antihipertensivos em baixas doses apresenta os benefícios de
uma maior probabilidade de controle efetivo da pressão arterial, uma vez que, se apropriadamente associados os princípios terapêuticos empregados, haverá uma potencialização de efeitos.
A adesão ao tratamento, um grande desafio no tratamento anti-hipertensivo, será maior com a utilização de uma única tomada diária em contrapartida à utilização de duas medicações.
As possíveis associações fixas de medicamentos antihipertensivos em baixas doses, seus benefícios e as limitações no contexto do tratamento da hipertensão arterial sistêmica são discutidos objetivando a um melhor controle da pressão arterial.
Palavras-chave: Tratamento da hipertensão arterial; Associação fixa de drogas anti-hipertensivas; Hipertensão arterial.
Recebido: 13/09/03 – Aceito: 17/09/03
A despeito de outros benefícios esperados com o tratamento antihipertensivo, a redução da pressão arterial per se representa o grande objetivo a ser conseguido.
Estudos têm demonstrado benefícios claros e incontestáveis relacionando a diminuição de morbidade e mortalidade com a redução da pressão
Rev Bras Hipertens 10: 270-276, 2003 arterial1-3. Desta forma, as mais