Assistência Farmacêutica no SUS
De modo geral, entende-se que um serviço de boa qualidade é aquele que cumpre os requisitos estabelecidos de acordo com os recursos disponíveis, satisfazendo as aspirações de obter o máximo benefício com um mínimo risco para a saúde, proporcionando o bem-estar dos usuários. Por conseguinte, a qualidade da atenção à saúde pode ser caracterizada pelo grau de competência profissional, pela eficiência na utilização dos recursos, pelo risco proporcionado aos pacientes, pela satisfação dos usuários e pelo efeito favorável na saúde. (ARAÚJO et al, 2008)
Um avanço importante para o desenvolvimento da assistência farmacêutica no mundo foi a conferência mundial sobre atenção primária à saúde. Na referida reunião, foram destacados pontos importantes em relação à assistência farmacêutica, destacando-se, entre outros:
• O abastecimento dos medicamentos essenciais;
• Recomendação para que os governos formulassem políticas e normas nacionais de importação, produção local, venda e distribuição de medicamentos e produtos biológicos;
• Que adotassem medidas específicas para prevenir a excessiva utilização de medicamentos;
• Que incorporassem medicamentos tradicionais de eficácia comprovada e estabelecessem sistemas eficientes de administração e fornecimento. (ARAÚJO et al, 2008)
No Brasil, o Encontro Nacional de Assistência Farmacêutica e a Política de Medicamentos(1988) considerou a assistência farmacêutica como um conjunto de procedimentos necessários à promoção, prevenção e recuperação da saúde, individual e coletiva, centrado no medicamento, englobando as atividades de pesquisa, produção, distribuição, armazenamento, prescrição e dispensação, sendo esta última entendida como o ato essencial de orientação quanto ao uso adequado dos medicamentos e sendo privativa do profissional farmacêutico. (ARAÚJO et al, 2008)
O farmacêutico ocupa papel-chave nessa assistência, na medida em que é o único profissional da equipe de saúde que tem sua formação