Assistencia e assistencialismo
A busca da superação da questão
Ao longo de nossos estudos, vamos diferenciando a assistência social do assistencialismo. Mas podemos observar que ainda há assistentes sociais que não compreendem essa trajetória, identificando e praticando da assistência como concessão de auxílios, restringindo a assistência apenas a situação de risco, de vulnerabilidade, dando assistência apenas aos pauperizados. Por baixo dessa compreensão restrita identifica alguns equívocos como, por exemplo, que não precisa ser profissional para praticar a assistência social, que pode ser função de voluntários que a praticam como filantropia. Outro equivoco, é que tanto no serviço privado, quanto ao serviço publico, não olha o macro, mas se mantém preso ao senso comum; praticando o imediatismo. Considera-se que a ação só é profissional quando o aconselhamento, a reflexão e os conteúdos ideológicos e educativos forem predominantes. A partir da estratificação, isto é, o processo que conduz a superposição de camadas sociais, a assistência social é referida como inconstância social, entre marginalização e integração social. As ações assistenciais são afastadas enquanto repetem a tutela e não ajudam a romper com o ciclo de pobreza. Com a passagem do subdesenvolvimento para o desenvolvimento a expectativa era que haveria maior igualdade de oportunidades, a pobreza estrutural seria minoritária e os programas assistenciais se reduziriam apenas a situações emergenciais. Portando o objetivo da assistência seria “a promoção do homem e integração das diferentes faixas da população no processo de desenvolvimento” por meio de ações técnicas, racionalmente planejadas. A forma de resolver a “multicausalidade das variáveis” se limita a uma proposição de integração das ações dos diferentes órgãos. Necessitando portando de “um conjunto de políticas setoriais de todos os Ministérios da área social”. Não separa estrutural do conjuntural, consequentemente, não cabe reduzir a