assistencia de enfermagem por ciclos de vida
Regina Coeli Nascimento de Souza*
A Enfermagem ao longo da sua história tem atribuído significados aos fenômenos inerentes à profissão, construindo assim seu campo de conhecimento
(SOUZA, 1998), tendo como foco principal a atenção aos indivíduos de modo holístico dentro do processo saúde/doença. Atualmente, o cuidado de enfermagem direcionase a recuperação e ao bem-estar do indivíduo e encontra-se fundamentado em conhecimentos científicos e na autonomia profissional. Nessa trajetória veio construindo modelos assistenciais que serviram de referencial para a elaboração das teorias de enfermagem, que objetivam estabelecer uma relação entre diferentes conceitos, para então explicar e, por conseguinte, direcionar a assistência de enfermagem prestada ao ser humano (NÓBREGA, 1991).
Segundo Leopardi (1999), é fundamental que os enfermeiros estudem e compreendam as correntes filosóficas que apoiam as teorias para então, avaliar a probabilidade de utilização dessas no seu cotidiano do cuidar. Pois, as teorias são tão importantes para a assistência profissional quanto para a técnica, a comunicação ou a interação, uma vez que serão elas a guiar o contexto assistencial.
Abordar a enfermagem em seu foco principal que é o cuidar significa compreender que as práticas de saúde são práticas sociais e, portanto, devem ser tomadas para além de sua dimensão profissional e técnica, ou seja, para além de uma aplicação imediata e direta dos conhecimentos técnico-científicos. Dessa forma, estamos considerando que a prática de enfermagem deve ser estudada sob a ótica de sua inserção na dinâmica social e suas potencialidades na produção do conhecimento.
A Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, referente ao Exercício da Enfermagem, dispõe no artigo 11, como atividades privativas do enfermeiro a consulta de enfermagem, e a prescrição de enfermagem (BRASIL, 1986). Entretanto, como o
enfermeiro