Aspectos populacionais no contexto do desenvolvimento poligonal no Brasil
Texto: DINIZ, C. C. Desenvolvimento Poligonal no Brasil: Nem desconcentração, nem contínua polarização. Revista Nova Economia, 3(1), 1993, pp. 35-64.
1. Introdução Alguns aspectos para analisar a distribuição geográfica industrial no Brasil (DINIZ, 1993):
Mudanças nas economias de aglomeração
O papel do Estado
Disponibilidade diferenciada de recursos naturais
Unificação do mercado e concorrência interempresarial
Concentração de pesquisa, da renda e do trabalho profissional
Aspectos populacionais
2. Abordagem teórica
“Certamente a organização do espaço pode ser definida como resultado do equilíbrio entre os fatores de dispersão e de concentração em um momento dado na história do espaço.” (SANTOS, 1985)
No presente período,
Fatores de concentração: o tamanho das empresas, a indivisibilidade das inversões, e as “economias” e externalidades urbanas e de aglomeração necessárias. Em suma, condições para a realização das atividades mais importantes;
Fatores de dispersão: o progresso nos meios de transporte e comunicações deram condições de difusão de informações e de modelos de consumo. Em virtude dos elementos de dispersão, existem atualmente tendências a urbanização interior.
“A dialética dos fatores de concentração e difusão é responsável pelos grandes movimentos migratórios através das regiões subdesenvolvidas”
“A expansão do chamado capital técnico-científico leva à expulsão de um grande número de residentes tradicionais e à chegada de mão-de-obra de outras áreas. Na medida em que as exigências da produção são outras, diferentes da produção tradicional” (SANTOS, 1985)
A substituição das pessoas, a alteração dos equilíbrios sociais de poder, a introdução de novas formas de fazer geram desequilíbrios que resultam em, de um lado, migração de lideranças locais e quebra de hábitos e tradições e, de outro lado, mudança de formas de relacionamento e adaptação ao lugar com