Aspectos gerais da ditadura Civil-Militar no Brasil
1964 – 1967 – General Castelo Branco.
1967 – 1969 – General Costa e Silva.
1969 – Junta Militar.
1969 – 1974 – General Emílio Garrastazu Médici.
1974 – 1979 – General Ernesto Geisel.
1979 – 1985 – General João Baptista de Oliveira Figueiredo.
Eleição indireta de Tancredo Neves, fim do período militar.
Divisão tradicional: Castelistas X Linha Dura.
Castelistas: Castelo Branco, Geisel e Figueiredo.
Linha Dura: Costa e Silva e Médici.
Considerações iniciais – Além do senso comum.
Algumas noções comuns sobre a Ditadura devem ser desmistificadas. Primeiramente, as concepções sobre o próprio Golpe, de que seria exclusiva obra dos militares diante da qual a sociedade civil ficou completamente impotente. Depois, sobre a natureza dos militares e suas divisões, a famosa “linha dura” e suas divergências dos brandos “castelistas”. Por fim, a intrínseca relação entre sustentação da ditadura e desempenho econômico, no incômodo paradoxo do período mais violento da ditadura ser o mais celebrado.
Até muito recentemente o golpe recebia apenas o adjetivo de “militar”, hoje, os historiadores consideram mais adequado nomear o movimento de março/abril de 1964 como “Golpe Civil-Militar”. Essa mudança de perspectiva se deve pelo fato de que, numa análise mais atenta, a participação (e a conivência) de importantes setores da sociedade civil foram fundamentais para a concretização do movimento. A sociedade brasileira enveredou por um caminho de rápida desvalorização dos mecanismos democráticos, tanto à direita quanto à esquerda, após o estável governo de JK. A Democracia não era um valor pelo qual valesse a pena lutar, muito pelo contrário, a legalidade fora francamente abandonada, tanto nos discursos udenistas e na grande mídia, quanto entre os defensores das Reformas de Base, que bradavam “reformas na lei ou na marra”, pressionando o próprio presidente do qual constituíam a confiante, mas frágil, base de apoio.
Uma outra abordagem