Aspectos estruturais da África do Sul
- Pedro Victor Câmara (Introdução, Segurança Externa e Estrutura de
Produção);
- Janísia (Estrutura Financeira);
- Pedro Paulo dos Reis Pascoal (Estrutura Financeira);
- Mayra Rivera (Estrutura de Conhecimento, Segurança Interna e
Introdução);
- Gleidson (Estrutura de Conhecimento e Segurança Interna);
- Igor J. Santos (Estrutura de Produção).
ÁFRICA DO SUL
Introdução
Em 1994, a eleição de Nelson Mandela na África do Sul colocou fim a quase meio século de apartheid, regime de segregação racial que dividiu o Estado durante grande parte da Guerra Fria. Em termos de politica externa, o fim do apartheid assinala também o término de uma fase da diplomacia sul-africana que prezava pela defesa do regime branco. Essa postura repressora e antidemocrática, que impedia a ascensão de determinadas raças na região, acabou isolando a África do Sul do sistema internacional.
No contexto regional, seus vizinhos temiam a agressividade do regime de Pretória, que, no plano externo, se refletia numa política externa e de defesa eminentemente devotadas às preocupações com segurança. A África do Sul chegou a desenvolver um programa nuclear para fins militares, e, em meados dos anos 90, o ex-presidente De Klerk revelou que seu país havia construído armas nucleares, às quais renunciara no início da década, tornando-se o primeiro país na História a abrir mão de seu arsenal nuclear . O país foi alvo de sanções dos mais variados tipos, especialmente no seio da Assembléia Geral das
Nações Unidas, que, em 1973, aprovou a Convenção para a Supressão e a Punição ao
Crime de Apartheid, bem como no âmbito das Conferências Internacionais contra o
Racismo, de 1973 e 1983. O boicote à África do Sul alcançava todos os domínios político, diplomático, militar, econômico, cultural, esportivo -, e levou aquele país a isolar-se por trás da defesa intransigente de seu regime de segregação internamente combatido e internacionalmente condenado.
Houveram fatores