Aspectos da Teoria de Jean Piaget
A teoria de Piaget sobre o desenvolvimento da inteligência é considerada a mais completa e coerente de quantas já foram criadas. Piaget se interessou pelo processo de formação da inteligência. Ele se situa do ponto de vista da psicologia genética – esta expressão não se refere ao estudo da genética, no sentido estrito da biologia, mas ao processo de origem e formação, isto é, da gênese das estruturas mentais, das funções superiores do ser humano, enquanto mecanismos de inteligência e conhecimento – Sua teoria procura responder às perguntas: de onde vem a inteligência e como ela chega à fase de expressão plena, na vida adulta? Para tanto, Piaget passou a estudar a criança.
A psicologia da criança adquire uma posição-chave no estudo dos mais diversos temas humanos: este a explica. Se o homem educa a criança por meio de múltiplas transformações sociais, diz Piaget, todo adulto embora criador, começou sendo criança, e isso tanto nos tempos pré-históricos quanto hoje em dia. Ele optou, desde o início, por um caminho eqüidistante dos inatistas e dos associacionistas ou behavioristas. Não aceitava que a inteligência fosse herdada, que viesse com a pessoa como carga genética ou que aparecesse espontaneamente à medida que a pessoa crescesse nem que fosse apenas um mecanismo de adaptação do meio exterior, um comportamento adquirido por exercício ou treinamento. Para Piaget, o desenvolvimento mental se dá na sucessão de estádios, seguindo uma cronologia e a progressiva inserção do ser humano no meio social e físico. A criação de estruturas sucessivas de inteligência, que Piaget divide em estágios, períodos e subperíodos, obedece a três critérios centrais. Primeiro, a ordem de sucessão é constante, embora as idades médias em que ocorrem possam variar de um indivíduo para outro, acelerando-se ou retardando, em função do meio social, mas mantendo sempre a mesma ordem seqüencial. Em vista disso, não faz muito sentido prático, segundo a