Aspectos cognitivos dos 7 aos 11anos, por piaget
INTRODUÇÃO
Pensem, por um momento, sobre as atividades que fazemos em um dia comum: vamos à aula, escutamos os professores, tomamos notas, realizamos tarefas especificadas, vamos à biblioteca procurar material para um trabalho do semestre, e assim por diante. É tentador colocar essas atividades acadêmicas em uma categoria especial de atividades “intelectuais”, mas isso seria um erro. Quase todas as tarefas que realizamos em um dia comum sem aulas também tem algum componente intelectual ou “cognitivo”. Tentar lembrar um número de telefone ou lembrar os itens da lista de compras de supermercado; conferir o saldo da conta corrente; seguir instruções para chegar à casa de um amigo onde nós nunca estivemos antes ou encontrá-las com a ajuda de um mapa. Mesmo o simples ato de olhar o relógio e saber quanto tempo falta para o próximo compromisso envolve pensamento.Todas essas atividades são parte do que, muitas vezes, descrevemos como funcionamento cognitivo ou “inteligência”. O fato de que a inteligência se desenvolve constitui o fundamento do desenvolvimento cognitivo, a abordagem cognitivo-desenvolvimental, de Jean Piaget e seus inúmeros seguidores. O foco de Piaget foi o desenvolvimento das estruturas cognitivas, e não o poder intelectual; os padrões de desenvolvimento que são comuns a todas as crianças, e não as diferenças individuais. Piaget queria responder a uma pergunta fundamental: Como se desenvolve o conhecimento de mundo da criança? Ao responder a essa pergunta, a suposição mais central de Piaget era de que a criança é uma participante ativa no desenvolvimento do conhecimento, construindo seu próprio entendimento. Tal ideia, talvez mais do que qualquer outra, influenciou o pensamento de todos os que seguiram Piaget. A metáfora moderna é a da criança como um “pequeno cientista”, engajado em uma exploração ativa, buscando entendimento e