Asma
Este grupo integra fármacos broncodilatadores puros, com indicação em diversas situações da patologia brônquica, asma, e fármacos anti-inflamatórios.
O reconhecimento da importante vertente inflamatória na asma conduziu à pesquisa de novos fármacos, como os inibidores selectivos da fosfodiesterase IV e os antileucotrienos. Os inibidores selectivos da fosfodiesterase IV, como o rolipram, para além de serem anti-inflamatórios, apresentam um marcado efeito broncodilatador. A sua utilização clínica foi muito limitada pelas frequentes reacções adversas provocadas, nomeadamente gastrintestinais (náuseas e vómitos). Encontram-se em investigação novas moléculas deste grupo desprovidas destes efeitos indesejáveis. Os antileucotrienos bloqueiam a acção destes poderosos mediadores inflamatórios a nível da síntese ou dos receptores. Estes modificadores da via dos leucotrienos ( montelucaste e zafirlucaste) não têm efeito broncodilatador, pelo que não são utilizáveis na crise asmática. Na terapêutica da asma crónica estável, o montelucaste não mostrou ser superior aos corticóides inalados.
Os corticosteróides têm uma importante acção anti-inflamatória, sendo também indirectamente broncodilatadores, por aumentarem a expressão dos receptores 2. São utilizados por via sistémica em situações graves, sendo necessária, por vezes, a via parentérica. A via inalatória, básica em terapêutica de manutenção, utiliza corticosteroides como beclometasona, budesonido e fluticasona, fármacos de eficácia sobreponivel no tratamento da asma; a fluticasona permite menor número de aplicações por dia. Condicionam reduzidos efeitos sistémicos, sendo de assinalar a possibilidade de candidíase oral.
Os agonistas adrenérgicos 2 selectivos são, hoje em dia, os antiasmáticos de primeira linha, mas podem tornar-se perigosos, conduzindo mesmo à morte, quando usados em exagero. Admite-se que o excesso de estimulação dos receptores pode levar à sua