ensaio

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACVEST

GERMINAL E OS TRABALHADORES NA VISÃO DE ÉMILE ZOLE: ENSAIO

LENILSON VIEIRA MAIA

LAGES
2014
ENSAIO DO TEXTO

GERMINAL

A partir do século XIX a classe operária ganha uma nova visibilidade no mundo capitalista, graças a Karl Marx os trabalhadores são colocado como indivíduos capazes de mudar o curso da história. O marxismo ganhou vários adeptos na política, economia e também nas artes. Neste sentido, a literatura emanou representantes influenciados pelo pensamento marxista. No Brasil, Jorge Amado1 dedicou-se a escrever sobre as mazelas que castigavam o povo brasileiro com a fome, miséria e o descaso do Estado. A obra Capitães de Areia demonstra como é a vida de adolescentes que tem por atividade de sobrevivência a prática de crimes. Desprovidos de educação e trabalho estes jovens levam uma vida a desregrada e o único motivo que os mantém vivos, quando não assassinados, é a vida coletiva das ruas. Da mesma forma Émile Zola influenciado pelo marxismo escreve obras onde os personagens centrais são os trabalhadores. A convivência com eles coadjuvou experiências da vida dos operários de uma mineradora na França. As vivências do cotidiano resultado de um baixo salário foram essenciais para compor seus personagens, desse modo, entendeu como é a vida de um operário de minas e como eram vistos pela sociedade parisiense. Apesar de sua visível simpatia pela classe operária, Zola provocou desconfiança de todos os lados, sendo mais de uma vez preso por ambas as facções. Mas nunca deixou de sair às ruas e, no meio da agitação, míope, com um caderninho na mão, anotava tudo.2 Parece óbvio que Zola provocava simpatia pela classe operária pois há um pensamento da sociedade capitalista que o trabalho dignifica o homem e sem ele perde-se a dignidade, talvez seja esse o motivo de tamanha simpatia: via a dignidade no homem. O desemprego gera no ser humano pensamentos