Asma Brônquica
Definição:
"Asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiper-responsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã, ao despertar. Resulta de uma interação entre carga genética, exposição ambiental a alérgenos e irritantes, e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas". IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma.
A inflamação brônquica constitui o mais importante mecanismo fisiopatológico da asma, e resulta de interações complexas entre células inflamatórias, mediadores e células estruturais das vias aéreas. Está presente não apenas em asmáticos graves ou com doença de longa duração, mas também em pacientes com asma de início recente, em pacientes com formas leves da doença e mesmo nos assintomáticos. A mucosa brônquica inflamada torna-se hiperreativa a diversos estímulos, sejam eles alérgicos ou não.
Quando ocorre uma crise de asma, os brônquios ficam inchados, quase fechados e cheios de muco, devido à inflamação dos tecidos que revestem as vias aéreas. Essa reação causa um processo de broncoconstrição (o diâmetro dos brônquios diminui), dificultando a respiração do paciente. Em geral, indivíduos com asma possuem histórico familiar de pessoas portadoras da mesma doença, sejam pais, avós, irmãos ou filhos, ou, ainda, de outras causas. O caráter genético da doença já está comprovado e parece ser o principal fator predisponente.
Os fatores desencadeadores da asma são: ácaros presentes na poeira, pólen de flores, pelos de animais domésticos, ar frio, fumaça de cigarro, exercícios físicos.
Neste trabalho, iremos dar o enfoque na fisiopatologia de crises asmáticas induzidas pelo exercício físico.
A asma induzida pelo exercício (AIE) é conhecida como uma obstrução transitória