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Ana Carolina Mendes
Palavras-chave: tecnologia, novas mídias, dança.
O objetivo deste estudo é traçar um perfil das mídias digitais que subsidie a discussão acerca das relações da dança com tais mídias – relações estas que não se limitam às possibilidades de utilização das tecnologias pela dança, mas que avançam no sentido da modificação da movimentação em si, em função da interação do ser humano com tais tecnologias.
Pode-se começar tentando compreender o que há de novo nas mídias digitais. Lev Manovich (2000) desenvolve um trabalho minucioso nesse sentido. Partindo da caracterização do que denomina de objetos das novas mídias (Web sites, mundos virtuais, multimídia, jogos, instalações interativas, animações computacionais, vídeo digital, interfaces homem-máquina) ele busca categorias específicas para a teoria que os fundamenta e procura verificar os efeitos da “revolução computacional” na cultura visual.
Objetivando chegar a esse novo, Manovich traça um caminho de análise das tecnologias que margeia a história dos meios de comunicação de massa e a história do processamento de dados numéricos. Na síntese dessas duas histórias está o nascimento das novas mídias. A invenção do daguerreótipo, de Louis Daguerre, em 1839, é contemporânea da máquina analítica, de Charles Babbage; a primeira revolucionando o processo de reprodução com um método que permitiu a impressão de fotografias em chapas de metal; a segunda, possibilitando a execução das quatro operações matemáticas (somar, dividir, subtrair e multiplicar), o armazenamento dos dados em uma memória e a impressão de resultados. O desenvolvimento desses dois caminhos aí iniciados conduziu ao que hoje se conhece: as mais diferentes mídias são traduzidas em informação numérica acessível para o computador, sendo, assim, transformados sons, imagens, textos em conjuntos de dados digitais. Nesse momento, Manovich afirma: mídia se torna nova mídia.
O encontro