Ascenção e Queda das Grandes Potências‏ - Paul Kennedy

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A Ascensão do
Mundo Ocidental

É comumente utilizado a data de 1500 “para marcar a divisão entre a época moderna e a pré-moderna”(pág. 13) Neste período, os habitantes da Europa nem faziam ideia de que seu continente conseguiria dominar grande parte do mundo. “Geopoliticamente, o 'continente' europeu tinha uma forma desajeitada, limitado pelo gelo e pela água a norte e oeste, aberto a invasões frequentes pelo leste e vulnerável à circunavegação estratégica pelo sul.”(pág. 13) Porém, apesar de tantos defeitos “geográficos”, as forças que surgiram na Europa acabaram por se mostrar superiores às das que se desenvolveram quase que simultaneamente no resto do mundo.
“De todas as civilizações do período pré-moderno, nenhuma parecia mais adiantada, nenhuma se sentiu tão superior quanto a China.”(pág. 14) Os mandarins possuíam uma vasta terra, aonde já desenvolviam plenamente a agricultura e as forjas, contavam com uma imensa frota marítima, com belonaves que eram maiores do que as fragatas europeias, mantinham rotas de comércio com grande parte do continente Asiático até o Africano e, “ao que tudo indica, nunca saquearam nem mataram – ao contrario dos portugueses, holandeses e outros...”(pág. 16) A China poderia ter se tornado a grande potência mundial, mas a ameaça iminente dos mongóis em suas fronteiras fizeram o Imperador impor um decreto que para extinguir as grandes belonaves e deixar apenas os barcos de pequeno porte, passando a investir em suas defesas terrestres, voltando-se para a economia interna e deixando de lado as rotas de comércio. “Apesar de todas as oportunidades que se ofereciam no além-mar, a China tinha decidido voltar as costas para o mundo.”(pág. 17) É incrível, é claro, o seu avanço tecnológico entre os séculos XI e XIV, mas é deprimente que a maioria de suas descobertas foram negligenciadas com a adoção dos paradigmas confucianos. Sofrendo não só com o declínio tecnológico e cultural, os habitantes da China Ming tiveram que enfrentar