As virgens suicidas - crítica
Comunicação Social (hab Jornalismo)
Crítica
As virgens suicídas
Luiza Jardim
Junho de 2015
As virgens suicídas (1999)
Sophia Coppola
O longa-metragem Virgens Suicidas é uma adaptação da obra literária de Jeffrey Eugenides e também o primeiro filme dirigido por Sofia Coppola, filha do renomado diretor Francis Ford Coppola.
O filme, baseado em fatos reais, relata o caso das irmãs Lisbon, que chocaram a população norte-americana na década de 70.
A história de as Virgens Suícidas tem como núcleo uma família tipicamente americana composta por um casal e suas cinco filhas que mora em uma cidade no interior dos Estados Unidos. A narrativa, no entanto, fica por conta de um grupo de meninos da vizinhança que nutriam um amor platônico pelas irmãs Lisbon.
À primeira vista, o filme nos remete a mais um clichê de história americana, no entanto, em poucos minutos ocorre o primeiro plot twist, no qual mostra a tentativa falha de suicídio da irmã mais novas das Lisbon. Após algumas tentativas, a garota obteve êxito ao se jogar pela janela de seu quarto na cerca pontuda que enquanto uma festa acontecia em sua casa.
Esse marco desencadeia uma série de acontecimentos durante o longa, como o fato de que a matriarca da família passou a ignorar o suicído da filha e o justificando como um acidente e passou a restringir o convívio social das outras garotas apenas à família, de modo que a interação com moradores do bairro se tornasse inexistente. Porém, mesmo com as proibições impostas pela mãe, as adolescentes queriam descobrir a vida e aproveitar tudo aquilo que a adolescencia poderia proporcionar.
Coppola, através de sua lente, quis mostrar os conflitos da adolescência de uma forma realista e sensível, fugindo do glamour hollyodiano. Ao mostrar o cenário de um lar comum, os espectadores puderam se transportar e até se identificar com os dramas e a confusão vivida na adolescencia. Além disso, o filme, tal como o