As vinhas da Ira

Resenha do Filme: As Vinhas da Ira

“As vinhas da Ira” é um filme critico baseado no livro "The grapes of wrath" (literalmente "As Vinhas da Ira") escrito em 1939 por John Steinbeck. O livro tornou-se um clássico da literatura mundial e em 1962 ganhou o Nobel em literatura. O título do filme possui uma imensa simbologia: As vinhas são o verde vale da Califórnia, onde há produção de uva, que representam a fartura, o alimento, o trabalho e o bem-estar que delas deverão resultar. A ira é o sentimento de frustração e dor que os retirantes sentem em relação à falsa Canaã, pois percebem que foram atraídos para uma falsa Terra Prometida, e que a exploração do homem pelo homem continua intensa causando injustiça social, violência moral e física. A história inicia-se com um caminhoneiro, no estado de Oklahoma. Os trabalhadores perdem seus empregos para os tratores, criando uma dura realidade do êxodo rural. Mostra a luta do homem contra as dificuldades, contra as adversidades e a esperança que este homem possui mostrando a sua força e capacidade de lutar e de resistir. As máquinas substituindo o trabalho braçal do camponês, o solo arenoso e poeirento sendo esgotado pelo mau manejo e monocultura do algodão. As Vinhas da Ira mostra como ocorreu o processo de proletarização ou a condição de proletariedade dos pequenos agricultores americanos, isto é, o processo social pelo qual os indivíduos de camadas superiores perderam seu status social tornando-se proletários. A matriarca da família embora enfrente situações humilhantes é uma mãe batalhadora, de personalidade forte e com uma dignidade infinita. A história transpira depressão. Apesar de ter sido escrita há tantos anos ainda hoje se encaixa em alguns aspectos vividos hoje no século 21. É um filme que desperta compaixão pelas dificuldades dos trabalhadores imigrantes e uma grande admiração a força de vontade, caráter e a coragem com que estes lutavam para