As vinhas da Ira

O período vivenciado no romance “As Vinhas da Ira” remete à Grande Depressão ocorrida durante a década de 30 nos EUA, que proporcionou a expropriação de arrendatários de terras e meeiros, provocando um êxodo dessa população rumo ao Oeste. Essa migração era provocada pelos representantes das grandes empresas, que viam nesses pedaços de terra sua fonte de riqueza e lucro. Na visão desses meeiros, era difícil se conformar que estavam sendo forçados a se retirarem por culpa do banco. Buscavam responsabilizar uma só pessoa, para que assim fosse mais fácil entrar em confronto e, possivelmente, conseguir de volta aquilo que tinha sido impiedosamente arrancado deles. O endividamento ocasionado pela crise resultou na expropriação realizada pelos bancos, representantes do capitalismo, que buscavam crescer e arrecadar a maior quantidade de fundos possíveis. Em contrapartida, os meeiros objetivavam apenas a produção de subsistência. Os produtos cultivados em suas propriedades eram base de um pequeno comércio existente para garantir a sobrevivência das famílias. Ao chegarem à tão esperada Califórnia, os Joad procuram abrigo nas chamadas “hovervilles”, um acampamento ocupado por diversas famílias que se encontravam na mesma situação que os Joad. Eram refugiados em busca de trabalho, alimentação e dignidade. Esses locais eram de extrema precariedade, não existindo a infra-estrutura necessária para garantir qualidade de vida. Após ser expulsa pela polícia californiana, a família Joad se dirige para um acampamento do governo, no qual encontra alojamento de boa qualidade, banheiros separados para cada sexo, e até água quente utilizada para o banho. Para superar a depressão, o governo de Frank. D. Roosevelt propôs um novo plano conhecido como New Deal. Entre várias medidas tomadas, encontra-se as de cunho social, que promoviam melhorias na condição de vida da população, provocadas por um forte investimento em