As tres ondas
Seguramente a obra mais conhecida de Jacque Attali é Uma Breve História do Futuro, um ensaio político-econômico futurista em que o autor explica como poderia evoluir a economia e a politica do século atual. O ensaio de Attali é muito amplo. A previsão do futuro por Attali se inicia com o colapso do império americano e a criação de um mundo policêntrico e capitalista. Este mundo abrirá um grande mercado global quem que se potencializará o benefício imediato, a precariedade dos trabalhadores e as migrações econômicas. Uma das ideias de Attali é que no futuro, o nomadismo será uma prática exclusiva das classes mais ricas e preparadas. Este nomadismo será reflexo da realidade de um mundo policêntrico. Já não haverá mais um só centro econômico; já não existirá mais um só país que seja o “império”. O mercado estará em todas as partes e se sobreporá aos Estados, e os mais ricos, se converterão em hipernômades em busca de lugares onde haja menor pressão fiscal e mais possibilidades de lucro rápido.
Neste ponto Attali expressa uma ideia: o surgimento de um hiperimpério. O hiperimpério será o império do mercado, do capital, muito mais intenso e agressivo que temos nos dias atuais. Os Estados deixaram de ser relevantes, e se desintegrarão progressivamente em todos os sentidos. Os serviços sociais públicos serão desmantelados em quase sua totalidade e serão substituídos por empresas privadas. As classes mais ricas se sentirão apátridas e somente lhes interessará onde os permitirem fazer mais dinheiro, por isso sempre em busca de oportunidades, mesmo que tenham que percorrer país por país. As migrações modificarão a cultura, tradições e características da população dos países e a valorização da pátria dos cidadãos, dos extintos estados, diminuirá.
Este hiperimpério dos serviços básicos, como saúde, educação e segurança serão providos por empresas privadas. Tal será o poder destas empresas privadas