As três ondas de toffler
Vivemos em tempos de nova economia, ou nova revolução como preferem alguns. O fato é que essa tal revolução da informação preconizada por Alvin Tofler, passou a assustar alfabetizados e analfabetos em " informatiquês", inglês e "economês". Nem Alvin Toffler esperava que essa tal revolução acontecesse de maneira tão rápida como está acontecendo.
Os paradigmas mudaram mais rápido que a capacidade do homem de assimilar a mudança e mais rápido que a economia de encontrar novos postos de trabalho, isso sem falar das novas relações de trabalho. Estamos rodeados de estatísticas indicando o número de desempregados no mundo. Isso é fato. O que muda, é o ângulo pelo qual devemos enxergar essas mudanças. Toda a revolução produz insegurança pessoal e profissional e encontra aqueles que dizem que "nunca" vão entrar na "nova onda". A onda atual é a da tecnologia da comunicação. Como não entrar? Os céticos podem continuar perpetuando antigos valores e "jeitos" de fazer as coisas e, ainda assim, conviver pacificamente com mais essa revolução. Pelo que sabemos, Jorge Amado nunca trocou sua máquina de escrever mecânica pela eletrônica e muito menos pelo computador. Na mesma casa, sua esposa Zélia Gatai escreve tudinho no "computer". Nem por isso ambos deixam de ser excelentes escritores. Ao mesmo tempo, imagino que o casal possa estar assistindo T.V. através de uma antena parabólica ou de uma T.V. a cabo e estar levando bronca dos netos por não estarem plugados na internet.
Até aqui foi possível conviver com todas as "ondas" de Toffler (agrícola, industrial e da comunicação ou informação) porque todas tiveram um fator comum a seu favor no tocante a assimilação - o tempo. O que assusta nessa 2ª fase da revolução da comunicação é justamente o tempo que permeou todas as ondas mas não incomodou, apenas se fez presente. Só na revolução da comunicação: o rádio levou 38 anos para atingir um público de 50 milhões de ouvintes enquanto a Internet levou apenas 5 para a