As transformações das primeiras décadas do século xx
As transformações das primeiras décadas do século XX
UM NOVO EQUILÍBRIO GLOBAL
A geografia política após 1ªGuerra Mundial
A Primeira Guerra Mundial foi impiedosamente destrutiva para a maioria dos países da Europa, tanto para aqueles pertencentes à Tríplice Aliança como para aqueles da Tríplice Entente, as principais forças que se debateram no conflito. Em 1918, a Alemanha foi praticamente encurralada pela milícia dos Aliados e não teve outra opção senão render-se. Foi então que, a 11 de novembro de 1918, se decidiu assinar o Armistício de Compiègne, que serviria como uma espécie de introdução ao Tratado de Versalhes.
Contudo, e antecipado a esses documentos, já tinha surgido outro, redigido pelo Presidente Norte-americano, W. Wilson que, denunciando como desumana tal forma de fazer guerra – causa de danos nas vidas e nos bens dos cidadãos –, assinalava uma forma de fazer uma paz sem vencedores nem vencidos, deixando, assim, resolvidos os anteriores problemas de maneira a que nunca mais pudesse existir outra guerra posterior. O seu plano de catorze pontos propunha acabar com as disputas coloniais, a autodeterminação dos povos submetidos pela Europa, a proibição dos tratados internacionais secretos (diplomacia transparente), a liberdade dos mares e das trocas comerciais entre os EUA e a Europa, a limitação dos armamentos e, o que constituía a maior originalidade, a criação de um organismo internacional – a Sociedade das Nações – que impediria novas confrontações entre os Estados.
Foi somente no ano seguinte, em 1919, e apesar da dificuldade em definir consensos, surgiram os acordos de paz, entre eles: o Tratado de Versalhes (28 de junho), o de Saint-Germain-en-Laye, o de Trianon, o de Neuilly e o de Sèvres, assinados com a Alemanha, a Áustria, a Hungria, a Bulgária e o Império Otomano, respetivamente, e que redecretavam uma nova conceção dos mapas geográficos e políticos europeus, isto é, uma nova ordem internacional.