As teorias sociológicas clássicas sobre o Estado
Karl Marx Num período em que o capitalismo ainda estava em formação, Marx não formulou uma teoria especifica sobre o estado e o poder. Num primeiro momento, ele se aproximou da concepção anarquista, definindo o estado como uma entidade abstrata, em contradição com a sociedade. Seria uma comunidade ilusória, que procuraria conciliar os interesses de todos, mas principalmente daqueles que dominavam economicamente a sociedade. Marx identificou a divisão do trabalho e a propriedade privada, geradoras das classes sociais, como a base do surgimento do estado, a organização estatal apenas garantiria as condições gerais da produção capitalista, não interferindo nas relações econômicas, Marx declara que o estado nasceu para refrear o “antagonismo” de classes, por isso, é o estado da classe dominante. Pode haver um poder que não seja exercido diretamente pela burguesia, mas o estado continua criando condições necessárias para o desenvolvimento das relações capitalistas, principalmente o trabalho assalariado e a propriedade privada. Para Marx é por tanto, uma organização cujos interesses são os da classe dominante na sociedade capitalista, a Burguesia.
Émile Durkheim Durkheim Teve como referência fundamental a sociedade francesa do seu tempo, para ele, o estado é fundamental numa sociedade que fica cada dia maior, e mais complexa, dizia que o estado concentrava e expressava a vida social. Sua função seria moral, pois ele deveria realizar e organizar o ideário do individuo e assegurar-lhe pleno desenvolvimento. E isso se faria por meio da educação publica. Foi o estado que emancipou o indivíduo do controle imediato dos grupos secundários, como família, a igreja e as corporações profissionais, para durkheim, na relação entre o estado e os indivíduos, são importantes saber como os governantes se comunicam com os cidadãos, para que estes acompanhem as ações do