As proporções na pintura do renascimento
Eliana Oliveira Tavares Juliana Silva P. Pennaforte Mariana Feydit da Silva Robson dos Santos Rocha
Resumo Muitos se enganam ao achar que a arte é feita por pura intuição. Os grandes artistas se basearam em diversos estudos com base na matemática para conseguir maior harmonia em suas obras. Os estudiosos do Renascimento, conhecidos como “homens universais”, dominadores de vários assuntos, entre eles a matemática, a física e a filosofia, usavam destes artifícios para que suas obras tornassem mais agradáveis aos nossos olhos. Neste trabalho, apresentamos esquemas harmônicos de proporções utilizados na pintura, especialmente em obras de Gentili Bellini, Antonello da Messina, Sandro Botticelli, Tintoretto e Leonardo da Vinci. Palavras-chave: pintura, Renascimento, pentagrama, divina proporção, retângulos estáticos, retângulos dinâmicos, série de Fibonacci.
Introdução A questão da busca do “belo” se caracteriza como uma das áreas de interesse humano mais bem documentada desde a antigüidade. Dentre as tradições que perduram até os nossos dias está a da beleza como um atributo das coisas. Os escritos de Platão sobre a beleza estão baseados na sua concepção de essência. Argumenta que tudo o que sabemos pela experiência cotidiana é opinião e que se deve procurar um saber real e permanente (episteme) que consistiria de essências. Uma dessas essências seria a da beleza, propriedade permanente de todos os objetos belos e que permanece imutável, independentemente da admiração daquele objeto por algum indivíduo. Um dos aspectos constantes dessa beleza permanente seria a “proporção”. Atribuise a Pitágoras a primeira tentativa de utilizar a linguagem matemática para conceber uma abordagem para esta idéia. Crê-se que Pitágoras descobriu as relações dimensionais de proporção no comprimento das cordas de instrumentos musicais que produzem a harmonia de tons. A partir daí a noção de harmonia extraída da música