As primeiras décadas depois da escravidão

As primeiras décadas depois da escravidão Mesmo depois da escravidão, os maiores proprietários de terras, inclusive alguns fazendeiros paulistas, procuravam trazer imigrantes para trabalhar em suas terras. O senador vergueiro foi um dos primeiros grandes fazendeiros da região oeste de São Paulo que em 1846 trouxe 364 famílias da Alemanha e da suíça. Já em 1852, importaram mais de 1,5mil colonos e, propôs-se trazer mais mil colonos por ano. Isso era realizado com ajuda financeira do governo de São Paulo, que arcava com os custos da importação e ainda subvencionava as empresas de mão de obra estrangeira. O sistema de trabalho então ficou conhecido como Colonato, pois as famílias que aqui chegavam assinavam um contrato com importantes termos. Os colonos eram obrigados a pagar juros pelo adiantamento e não podiam sair da fazenda enquanto não houvesse saldado suas dividas, o que demorava muito assim se criando o que passava a ser conhecido como “parceira de ensinamentos”, porque o colono não conseguia pagar a divida contraída com o fazendeiro. Essa divida muitas vezes passava de pai para filho, de modo que os filhos ficavam hipotecados desde o inicio do contrato a partir dos primeiros anos do século 20 os trabalhadores urbanos passaram a reivindicar melhores condições de trabalho, diminuição da carga horaria semanal, melhorias salariais e ainda, normatização do trabalho de mulheres e crianças, que eram empregadas em grande número e ainda mais, exploradas do que os homens. Diante das condições de vida e de trabalho extremamente precárias, os trabalhadores iniciaram vários movimentos, por meio dos quais pretendiam modificar essa situação.
Apoiados por uma imprensa operaria, que crescia rapidamente, os trabalhadores passaram a organizar movimentos grevistas, que culminaram com a maior greve até então havida no país, a de 1917, em São Paulo. Com o desenvolvimento industrial crescendo as preocupações com os trabalhadores rurais