As pessoas sem instrução falam tudo errado
O mito nº4 “As pessoas sem instrução falam tudo errado” do livro Preconceito Linguístico de Marcos Bagno, retrata o evidente preconceito que a para com pessoas de menor poder aquisitivo, pois mesmo que haja evidencia de o quão letrado ela seja continuará sendo rotulada como se nada soubesse. O preconceito não está na fala e sim nas classes sociais, que pode ser observado como o autor também menciona a discriminação de certas regiões, como o Nordeste, que a mídia procura alimentar diariamente.
Qualquer manifestação linguística que não esteja no contexto escola-gramática-dicionário é considerado errado, levando em conta o preconceito linguístico, o autor exemplifica usando a troca que algumas pessoas cometem do r pelo l, que é considero um erro de pessoas que não tem estudo ou que possuem atraso mental. Pode ser observado na menção do autor que não se trata de pessoas ignorantes e sim de uma contribuição para construção da língua portuguesa, o tipo de comentário de forma menosprezada é utilizada por pessoas que acreditam estar em um nível superior em aprendizado onde somente o correto é falar a norma culta.
Logo, deve-se ser lembrado que primeiramente aprendemos a falar e depois escrever o que se é falado, assim, como é mencionado no livro de Gramática das autoras Angela B. Kleiman e Cida Sepulveda na pagina 64, que explica que ao mostrar o objeto ao aluno se obtém imediata resposta porem quando se é escrita à palavra ele se remete a dúvida necessitando de uma maior atenção e algumas dicas até a certeza do se refere. A maioria das palavras faladas em nosso idioma não são escritas como pronunciadas, confundido sua devida e correta forma. Também é de fácil compreensão que grande parte do que escrevemos vem de outros idiomas, como pode ser observado nos livros.
Portanto pode ser testemunhado em qualquer ambiente a dificuldade da pronuncia de certas palavras como também o preconceito, se estivermos em uma fila em uma