As mudanças no ensino de geografia desde 1970 aos dias contemporâneos
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Na análise de livros didáticos referentes ao ensino fundamental, produzidos nos anos de 1970 para os produzidos a partir de 1990, notamos a abordagem clara de assuntos diferenciados, envolvendo as reformas ocorridas no decorrer deste tempo no que se refere à questão político-pedagógica para o currículo escolar. Tais mudanças ou aprofundamento de assuntos que antes eram tratados de forma mais superficial, ocorreram principalmente pela questão de pensamentos antagônicos em relação ao que de fato deveria o discente ter conhecimento a respeito da disciplina em tese.
Na década de 70, a pretensão era o ensino de uma geografia neutra, marcando nos livros didáticos o ensino de geografia conhecido como clássico ou tradicional, o que ainda é possível ser encontrado em alguns livros mais atuais, porém, tal sistematização de ensino seria questionada por não atender às necessidades de atualização e conhecimento das realidades sociais, econômicas e políticas em relação ao mundo e principalmente em relação ao continente Americano, sendo idéia central nos livros didáticos produzidos em meados da década de 80, destacando o continente Americano por ser o nosso próprio, sendo assim, a denominada geografia crítica empenhou-se em mostrar algumas realidades que não eram abordadas na geografia clássica.
Em tempos de globalização, o saber geográfico, bem como todos os outros, não é mais tratado como privilégio de uma classe dominante. A globalização, afetou com profundidade conceitos e categorias dos quais a geografia sempre utilizou para seu trabalho. O conhecimento técnico-científico, tornou-se necessário à vida de todos. A informação em rede (internet), tornou mais estreito o contato entre os diversos países e culturas, facilitando também intercâmbio econômico entre os mesmos, privilegiando a