o Imperativo do desenvolvimento sobre a Natureza
NO
EXTREMO NORTE DE MINAS (1950 – 1970)
Ana Missias da Silva1 Sebastião Ferreira da Silva Júnior2 RESUMO
Este trabalho versa sobre a polêmica e insustentável relação do homem com o meio ambiente, a região em foco é uma ausente de trabalhos científicos, o extremo norte de minas entre os anos de 1950 a 1970. Ao longo do processo histórico, culturas e grupos sociais diversos se apropriaram da natureza selvagem ou intocada pelo homem de múltiplas formas. Neste contexto de otimismo desenvolvimentista esta foi percebida pela elite como inútil e rude em si mesma, de modo que deveria ser explorada em benefício do progresso econômico e do interesse humano que foi para muitos a preocupação primordial. Aqui se objetiva refletir e compreender não somente esta percepção, mas também o quanto foi consequente ao meio ambiente este modo de perceber do homem de ideologia progressista. Palavra-chave: Degradação ambiental; Percepção da natureza; elite; Desenvolvimento material.
Introdução
“Parece que o homem se tornou obcecado pela natureza e sua preservação” afirma Regina Horta. Em ambientes referentes à política, a arte, a mídia, o tema meio ambiente se tornou uma constante. No cotidiano se assisti propagandas de empresas financeiras que fazem questão de exibir suas políticas ambientais, no tocante a política partidária o partido verde surgiu no cenário contemporâneo, e diversos estudos são concentrados na temática ambiental, a título de exemplo há a geografia ambiental e história ambiental. A relação do homem atual com o mundo natural se mostra contraditória e insustentável. Na ótica de Keith