As gestões de FHC e Lula
No Brasil, é evidente que a mudança no regime político se deu mais rapidamente do que as mudanças econômicas e sociais. O governo de Fernando Henrique Cardoso, eleito em 1995, se posicionou entre a transição político-institucional (Era Vargas) para a democracia (sua própria eleição).
Como um governo com fortes características neoliberais, FHC honrou o Tripé da Agenda Neoliberal, que enfatizava as privatizações, a desregulamentação da ação reguladora do Estado com ressalvas para as políticas públicas e a abertura de mercados.
A precarização legal da contratação de trabalhadores; as propostas de reformas como a da Previdência, Administrativa e da área econômica intentando abrir espaço para 0 mercado, diminuindo assim, o papel do Estado; a taxa de juros alta; o programa de privatizações; a falta de medidas de protecionismo ao mercado interno e a utilização de políticas públicas para regular o mercado e amenizar a reprodução da pobreza são exemplos das muitas ligações do governo FHC com a linha de pensamento que forma o Estado Neoliberal.
O governo FHC tinha como propósito apresentar e implementar a política social tratada na Constituição Federal de 1996, se destinando a garantir o direito social, a promover a igualdade de oportunidades e a proteger os grupos vulneráveis (Brasil, Presidência da República, 1996, p. 2). O documento indicava também os elementos associativos externos, com limites que esbarrava a política social: a retomada do crescimento, o aumento do emprego6 e a melhora