As fontes da liturgia judaíca
Entre todas as fontes da liturgia hebraica, a primeira e a mais importante é a Mishnah, uma coleção de leis e normas judaicas, coleção essa que surgiu no ano 200 d.C.. mas cujo conteúdo é antiquíssimo, antecedendo o próprio período de Jesus. Embora escrita duas gerações depois do Novo Testamento, a Mishnah contém relatos bastante confiáveis sobre os costumes que prevaleceram durante o N.T.
Os Tratados Litúrgicos da Mishnah
Uma das práticas mais importantes sobre as quais a Mishnah nos informa amplamente é a que se refere à liturgia e ao culto. Das seis partes que a compõem duas são dedicadas explicita e exclusivamente a este tipo de costumes.
A Mishnah nos informa concretamente:
• Sobre o culto sacrificial. A este assunto é dedicada toda quarta parte: Qodashim, “Coisas Sagradas”, que trata dos sacrifícios, das oferendas de farinha e de bebida, do abate de animais, do ritual diário do templo e de sua arquitetura.
• Sobre as diversas festividades ou datas importantes do povo judeu. A elas é dedicada toda a segunda parte, Mo’ed, que significa “Festas”, “Datas Importantes”, e que trata do Shabbat (Sábado), da Pesah (Páscoa), do Yom Kippur (Dia da Expiação), do Sukkot (Tabernáculos), do Rosh Ha-Hanak (Ano Novo) e do Purim (sorte, destino). Este trabalho nos informa sobre toda liturgia da sinagoga e sobre suas maiores conexões e instituições (sábado, festa da peregrinação e festas menores).
- O Siddur (Livro de Orações )
A Mishnah é insuficiente como fonte para ter acesso à liturgia hebraica. Por isso é necessário dirigir-se ao Livro de Orações da liturgia hebraica, onde se encontram todos os texto litúrgicos oficiais. O Siddur é o grande livro dos hebreus amantes da oração. Por isso ele deve ser considerado, juntamente com a Mishnah, uma fonte insubstituível para compreender as orações de Jesus e os poucos dados neotestamentários.
O Talmud Torá, o estudo da lei era feito nas grandes escolas e academias. Uma vez que