As figuras de ligação nos relatos de formação
Marie-Christine Josso
Após 20 anos estudando e trabalhando em cima das “histórias de vida” de adultos entre 30 e 45 anos, profissionais entre eles da educação e da saúde, JOSSO usa a metáfora dos laços e dos nós para nos mostrar seus estudos.
Dentre os elos/laços, tem os de parentesco, que se expressam por lealdade ou fidelidade; os transgeracionais, que ligamos normalmente a histórias de familiares antepassados; geracionais, que estão associados aos laços de apego; profissionais, tão importante quanto os outros por passarmos mais tempo no trabalho do que em qualquer atividade; simbólicos, são os filmes, textos, poemas, músicas, que marcam ou tornam-se importantes para nós; religiosos, onde nos deparamos com os questionamentos de nossa existência.
Mas estes laços precisam ser atados por “nós”... Os nós que nos constituem... Além dos nós de atracação, um dos mais importantes e principais, temos outros como o Górdio, são os laços que não podemos desatar, familiares e/ou afetivos; o nó de enforcado, evoca os elos que demonstram trazer perigos a nós ou a nossos próximos; nó esquerdo, são as relação que não mantivemos durante nossa vida; nó de espia, duas cordas em perfeita simetria, mas não ficam apertadas nem mesmo se molhadas; nó direito, ligam de forma provisória as situações, mas precisam de um amadurecimento; dentro outros, destes são os mais relevantes.
Identificando os laços e nós de JOSSO à minha vida, consegui perceber pessoas e situações que de alguma forma fazem parte da minha, e antes não percebia, ou não as classificava como devia. E a partir do texto, pretendo trazer/fazer muitos outros nós de espia para minha vida, quero uma perfeita simetria nas principais situações em que vivo e vou