AS FESTAS TRADICIONAIS POPULARES NO ENSINO DE ARTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA.
EDUCAÇÃO BÁSICA
Profa. Dra. Edite Colares Oliveira Marques
UNIVERSIDADE DO PORTO
INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO EM ARTE, DESIGN E SOCIEDADE editecolares@Yahoo.com.br INTRODUÇÃO
O que viemos aqui apresentar e discutir são os pressupostos teóricos e o relato de uma pesquisa recém-concluída sobre a inserção de festejos tradicionais, oriundos da chamada cultura popular, no âmbito da escola básica, com vistas a contribuir para o fortalecimento da compreensão dos festejos populares no campo artístico da educação fundamental, em contraposição à visão hegemônica da cultura, veiculada em escala industrial e voltada para o entretenimento. Esta pesquisa tem como referencial teórico, autores como: Mikhail Bakhtin, que nos ajudou a estabelecer relações importantes entre as festas tradicionais e a cultura
Popular; Huizinga, que acena para a importância do espírito lúdico e estético na educação, pois seríamos, em essência, Homo Ludens; Henry Giroux, ao abordar as relações entre cultura popular, pedagogia e currículo escolar; Michael Aple, em sua perspectiva de indicação dos pontos de contato entre política cultural e educação, Frans Boas e sua perspectiva antropológica e etnográfica, dentre outros.
METODOLOGIA
Como metodologia foi adotada uma perspectiva comparada, ao intentar apontar possíveis articulações entre as manifestações tradicionais de festejos brasileiros e festejos populares portugueses, com base numa recomendação da legislação educacional brasileira e portuguesa ao ensino de arte, de que seja dada uma maior atenção às expressões populares e ao patrimônio imaterial, relacionando o conhecimento artístico às suas bases históricas.
Propõe uma estratégia de pesquisa de base etnográfica, no que se refere ao inventário de festejos tradicionais, tanto religiosos, quanto laicos, querendo sistematizar cantos, ritos e modos de expressão, em suas permanências e apropriações, guardadas e ainda praticadas,