As Fases do Afogamento
O afogamento caracteriza-se por uma P.C.R. (Paragem Cardio – Respiratória) num meio fluído, geralmente o meio aquático. A consequência imediata da imersão será a paragem ventilatória e num segundo momento, passa-se à paragem cardíaca.
O afogamento por asfixia é um dos tipos mais frequentes no meio aquático. Nesta situação ocorre uma aspiração de água. Vulgarmente acontece em pessoas que não dominam o meio aquático.
Numa situação deste gênero a vítima passa por cinco fases:
1ª FASE DA SURPRESA – momento em que o corpo contata com a água. No caso da água se encontrar abaixo da temperatura termoneutra, existe uma inspiração inicial profunda, devido ao choque térmico. Ao sentir a massa de água, o indivíduo em causa tende em ficar em apneia inspiratória. Por vezes, a vítima ao tomar consciência da situação, adota a posição de medusa, enquanto reflexo de defesa. Esta fase tem uma duração aproximada de cinco segundos.
2ª FASE DE APNEIA – Pouco a pouco os alvéolos libertam subprodutos carbônicos e consomem o oxigênio. Existe um cerrar violento da boca e do nariz, evitando a entrada da água. Por intervalos curtos e regulares existe a abertura das vias aéreas para expulsar o ar. Tendem a surgir sensações subjetivas como vertigens, zumbidos e sensação de angústia. A vítima procura desesperadamente mover-se para se manter à superfície. Esta fase tem uma duração de sensivelmente um minuto.
3ª FASE DE DISPNEIA – o indivíduo não tem capacidade para se manter mais tempo sem ventilar. Segue-se uma fase de dispnéia. Em parte devido aos subprodutos carbônicos libertados pelos alvéolos, em parte, pela entrada de água para o sistema respiratório. Surgem fenômenos como a elevação da pressão arterial, taquicardia, dilatação das pupilas, movimentos peristálticos intestinais e relaxamento dos esfíncteres. Esta fase durará cerca de trinta a quarenta e cinco segundos.
4ª FASE DE CONVULÇÔES ASFÍCTICAS – a função respiratória cessa por completo e ocorre a