Educação física
O afogamento, assim como outros traumas, difere de outras doenças, pois ocorre de forma inesperada gerando invariavelmente uma situação caótica – desastre emocional sem precedentes - dentro do âmbito familiar (SZPILMAN, pp. 1, 2012). De acordo com Fundação do Desenvolvimento Administrativo de São Paulo (2010), aproximadamente 500 mil pessoas morrem no mundo vítimas de afogamento. No Brasil, o afogamento responde pela segunda causa de morte nas idades entre 5 e 14 anos e a terceira causa de morte externa, independente de faixa etária (SZPILMAN, pp. 5, 2012). Szpilman (2012) nos trás, em um de seus estudos, que em 2009 morreram 7.152 brasileiros afogados em nossas águas. Dentre estes, 87% por causas não intencionais e 2,74% por causas intencionais. No mesmo estudo ele nos revela que 45% dos óbitos ocorreram em águas naturais (canais, rios, lagos, e praias), 2% em piscinas e 0,3% em acidentes durante o banho (SZPILMAN, pp. 5 – 6, 2012). Antecedentes patológicos, traumas, idade, sexo, ingestão de álcool, condição socioeconômica e falta de supervisão foram considerados os principais fatores de risco para esta ocorrência (FUNDEP, 2010).
2. Afogamento
O afogamento é definido como a asfixia gerada pela aspiração de líquido de qualquer natureza que venha a inundar o aparelho respiratório, havendo uma suspensão, total ou parcial, da troca ideal de oxigênio e gás carbônico pelo organismo. As causas de afogamento são divididas em: afogamento primário e secundário. O afogamento primário é o mais comum, e não apresenta em seu mecanismo nenhum fator desencadeante do acidente. Já o afogamento secundário é causado por alguma patologia ou associada que precipita o afogamento, geralmente ocorre por uso de drogas, crises convulsivas, traumas, doenças cardiopulmonares, hidrocussão, câimbra, mal jeito, mergulho livre ou autônomo, por quem se lança na água sem saber nadar, e por fatores ambientais ondas mais fortes, inundação ou enchente. Em um